Notícia

Gisele Bicaletto - Publicado em 16-05-2022 13:00
Pesquisa avalia impacto da pandemia em crianças com TEA e cuidadores
Interessados poderão receber orientações conforme resultados do estudo (Imagem: Pixabay)
Interessados poderão receber orientações conforme resultados do estudo (Imagem: Pixabay)
Uma pesquisa de Iniciação Científica, realizada no Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, pretende avaliar os impactos biopsicossociais da pandemia em crianças entre 5 e 10 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e em seus cuidadores. O estudo convida responsáveis por essas crianças a responderem um questionário online. A pesquisa é voltada aos moradores dos municípios que compõem o Departamento Regional de Saúde de São Paulo (DRS-III), conforme este documento. O projeto é desenvolvido pela aluna do curso de Medicina da UFSCar Camila Monteiro Faria Araújo, sob orientação de Guillermo Traslaviña, docente do DMed e neurologista infantil.

De acordo com a pesquisadora, "as mudanças nas rotinas familiares e as restrições sociais impostas pela pandemia de Covid-19 podem conduzir à piora comportamental, aumento dos sintomas e possível regressão de habilidades comportamentais, sociais e neurológicas (linguagem, interação e inteligência) em crianças com TEA, grupo que apresenta dificuldade para lidar com mudanças de rotina". Nesse sentido, a pesquisa visa identificar o impacto da pandemia para essas crianças e seus cuidadores.

Ao final do estudo, o cuidador que tiver interesse poderá entrar em contato e discutir seus resultados com os pesquisadores e ter suas necessidades de saúde e da criança levantadas. Nesse cenário, serão dadas as devidas orientações sobre cuidados gerais e necessidade de assistência especializada, conforme matriciamento. "Da mesma forma, com os resultados da pesquisa e ampla divulgação dos mesmos, poderemos voltar a atenção de órgãos públicos e da população em geral para as necessidades apresentadas por essas crianças e seus cuidadores, além de possivelmente criar novas atividades de extensão orientadas para pacientes com TEA", aponta Araújo sobre os resultados do estudo.

Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados pais e/ou responsáveis por crianças que tenham entre 5 e 10 anos de idade, com diagnóstico de TEA, e que residam nas cidades que compõem a DRS-III. Esses participantes responderão a um questionário online, com duração de cerca de 20 minutos. Interessados podem entrar em contato com a pesquisadora, até 30 de junho, pelo e-mail neurologia.infantil.ufscar@gmail.com ou pelo WhatsApp (35) 98834-8276 para solicitar o link do formulário. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52094721.8.0000.5504).